SÃO PEDRO – MURUCÍ

Distância em barco de um município: 9 horas de Santarém
Representante: Joaquim da Silva Fonseca

Antes de iniciar a programação em São Pedro, recebemos o presidente da aldeia Murucí constituída no lado oposto da vila de São Pedro e seguimos com ele de lancha à aldeia indígena. Receberam-nos no meio de uma reunião e concordaram que na manhã seguinte faríamos a aula de nheengatu de Navarro. Visitamos a escola. Mais uma escola organizada pela própria comunidade, construída pelas mãos dos pais. Essa escola tinha especialmente uma pequena biblioteca, com alguns livros em Nheengatu e cartazes e adereços de uma festa típica que organizam ali, onde há dois “times”que criam seus adereços: O time wainambi (beija-flor) e o time Pirayawara (boto cor-de-rosa).  Voltamos ao Gaia e fomos pegar o wi-fi na rádio comunitária: Radio Floresta. A apresentação seria no Folcloródromo Ferreira, um galpão espaçoso a céu aberto, muito próximo de uma mangueira enorme. na parte alta da vila. Antes de projetar o cinema, fizemos a apresentação dos palhaços, da Pianola e depois, obras de Scriábine ocavas pela Anna Claudia. O espaço era aberto demais, portanto a música ao piano ficou um tanto “dispersa”. Depois de nossa música, recebemos duas meninas jovens que haviam feito uma música para nos apresentar, mas não tinham os instrumentos, e tampouco indicações da harmonia. Anna Claudia sofreu para tentar acompanhá-las. Depois disso, chegou uma personalidade da comunidade, um senhor que contou estórias cômicas, que divertiam todos. estórias sem sentido, que não acabavam nunca. Porém muito interessante! Logo em seguida, projetamos o filme.  Durante a projeção eu vi um vagalume com uma luz extraordinariamente forte. A comunidade permaneceu até o final. Depois de desmontar todos os aparatos, retornamos ao barco para dormir, sempre com a luz da lua cheia. Eu me agasalhei e na noite veio um frio intenso, que, como sempre, vem do igarapé em frente de São Pedro. (terça 13/9) De manhã às fomos de lancha com Navarro à aldeia São Pedro de Murucí onde fomos acolhidos com um café da manhã amazônico muito farto, oferecido numa mesa longa no bosque. Tinha todas as iguarias da Amazônia. Depois Navarro (7) fez sua aula de nheengatu muito apreciada. Veio também uma classe da escola vizinha não indígena, acompanhada da professora bióloga Meire Cardoso e da geógrafa Ilvane. Em seguida o grupo de dança Amazônidas, formado por seis moças e o rapaz Alex Sandro Cardoso dançam com figurinos indígenas, uma longa dança teatralizada, com músicas que combinam elementos tradicionais mas têm predominância de música usada no festival de Parintins, com muita influência da música comercial, de massa. A menina mais jovem (Ana Clara) dançava muito expressiva e convicta, de um jeito incrível. Muito acolhedores!!! Pena que não estiveram na programação que fizemos na noite anterior em São Pedro. Doamos para eles quatro dicionários de Stradelli, um para cada professor e um para a escola.

Moradores

870

Famílias

58

Portadores especiais

12

Idosos

Não soube informar

Morador mais velho

Ciroca (dona Inês), 99 anos, Andrelina, 85 anos, Fernando, 78 anos, e Julia, 78 anos

Existem músicos?

Possui escola na comunidade

Sim. Escola São Pedro (infantil ao ensino médio). Escola Julieta (infantil ao 9º ano). Crianças de outras comunidades demoram até 40 min para chegar. Há também, recentemente a escola indígena Nova Vista.

Economia da comunidade

Não trabalham com artesanato. Roça, mandioca. Turismo

Distância de municipio mais próximo

9 horas de Santarém

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