ALTER DO CHÃO – Jamaraqua, Alter, Santarém
Alter do Chão na margem direita do rio Tapajós dista de Santarém cerca 37 quilômetros pela rodovia Everaldo Martins. É o principal ponto turístico da região, pois abriga a Ilha do Amor, considerada a mais bonita praia de água doce do mundo (segundo o jornal inglês, The Guardian). Foi fundada em 1626 pelo português Pedro Teixeira. Recebeu durante o século XVII e no século seguinte várias missões religiosas dos jesuítas. A padroeira local é Nossa Senhora da Saúde. Alter foi habitada por índios Borari. No século XX foi a rota de transporte dos navios rumo aos Estados Unidos que levavam o latex natural de Belterra e Fordlândia. Mas em 1950 tudo acabou e houve uma forte crise econômica. Nos últimos 20 anos, Alter se reergueu graças ao boom do turismo no Caribe amazônico. Cada ano a cidade hospeda o Çairé, a festa carnavalesca de três noites, baseada sobre a rivalidade do boto cor de rosa contra o boto tucuxi.
(sexta 16/9) Chegamos a Alter do Chão depois do pôr do sol e paramos na Ilha do Amor. Todos foram ver o agito do Çairé. Anna Claudia se assustou vendo uma cobra na água. (sábado 17/9) Acordamos cedo e fomos com Pedro, filho de Pedrinho, num Fiat Uno, a Jamaraquá: André, Anna Claudia e eu. Paramos em Belterra para ver as casas americanas e depois vimos o que os “sojeiros” fizeram da floresta ao norte da estrada Cuiabá-Santarém até o Tapajós. Paramos no começo da FLONA e olhamos uns trabalhos de balata e de borracha natural. Vimos um jacaré de látex feito pelo artesão Orlando, muito talentoso e um ipê amarelo em flor. Fomos a Jamaraquá para comprar artesanato de borracha e de sementes, para banhar-nos no rio-mar Tapajós e para almoçar no restaurante do Pedrinho e de sua mulher, Conce. Voltamos de carro para Alter do Chão e vimos outro ipê amarelo fantástico no caminho. Em Alter do Chão recebemos a visita de Eduardo Navarro com um amigo da Ufopa que voltaram conosco no barco Gaia até Santarém. Não foi possível documentar ou assistir ao Çairé. O local estava apinhado de gente, ingressos caros e lotados. Também, não era propósito do projeto documentar aquela festa, embora sua importância cultural para a região. Jantamos a bordo, todos comeram as iguarias da cozinheira Lucineide. Encerramos a expedição com chave de ouro. O Projeto Fitzcarraldo 2022 no Paru e Arapiuns terminou depois de quase dois anos, em função da interrupção da Covid 19. Mas os últimos meses foram intensos e com resultados muito satisfatórios.
Moradores
Famílias
Portadores especiais
Idosos
Morador mais velho
Existem músicos?
Possui escola na comunidade
Sim. Sagrada Família. Pré ao terceiro ano, 200 alunos