ACARAPÍ

Às 12h30 partimos para Acarapí. Daniel e Dinho foram na frente de lancha para fazer um drone sobre uma clareira aberta na floresta por madeireiras clandestinas. Chegamos no igarapé de Acarapí, com a água mais escura e mais fresca do que no Paru, e tomamos banho entre os ramos de uma enorme árvore caída. Depois do almoço dormimos nas horas mais quentes do dia porque não houve contador de histórias, mas foi previsto hoje à noite um grupo de carimbó. Tucanos zunem ao longo do igarapé. Zeca voltou a Barreiras de lancha com Dinho. Fizemos o cinema do lado de fora do bar local que serve também como barracão comunitário. Um grupo local de carimbó, formado por quatro moças mais maduras e uma criança se apresentou. Depois outras duas moças cantaram bastante bem. Propaganda de Bolsonaro em um pick-up fora do bar: são na maioria madeireiros que percorrem com aquele veículo uma estrada de chão de 90 quilômetros aberta para cortar as árvores. Narradores de Javé foi apresentado ao ar livre, na frente do bar. Um bacurau (pássaro) também assiste ao filme com seu som insistente. Surgiu uma chuva forte que durou meia hora. Depois dormimos todos. Acarapí deixou-me uma impressão contraditória.